De uns meses pra cá, algumas coisas mudaram em nosso lar.
As mudanças bem significativas impactaram bastante as relações, o convívio entre nós.
Começou com a participação ativa do papai em todas as tarefas. Ele passou a estar muito presente na rotina do dia-a-dia, nos passeios. Além de deixar alguns compromissos de lado para isso, ele também mudou bastante de comportamento, com certo interesse em nossas atividades.
Isso afetou, afeta e afetará nossa vida, claro.
Hoje fazemos tudo juntos, saímos juntos, brincamos, as atividades em casa também. Os banhos, a hora de dormir, a hora de comer, tudo estamos juntos. Isabella está na fase de desfralde (quase 100% completo) e hoje ela vai ao banheiro com o papai também, sem problemas. Ele a fez adquirir confiança em sua presença, em seu cuidado.
Quantas vezes hoje, ela não pede pelo papai?
Hoje, como ambos fazem os serviços domésticos, a Gá sempre tem atenção. Se um está ocupado, o outro está disponível para ela.
Acho a Gá bem dependente de ter uma companhia, sempre foi assim, e ela sofria quando estávamos sozinhas em casa, e eu fazendo janta, roupa, bolsa da escola, e ela me pedindo para sentar com ela e assistir ao desenho, para ler um livro, para pegar seu vestido favorito... eu tentava driblar esses pedidos colocado ela para me ajudar na cozinha, ela sempre participando do que eu propunha: lavar salada, arrumar, coar suco... Claro que havia dias em que ela não queria nada daquilo, queria colinho, estava com saudade, por passar o dia longe, e ficava nervosa de não ser atendida... as vezes já chegava em casa nervosa, cansada, e não sabia explicar os motivos... então um colo, um carinho, uma atenção já a acalmava. Fui notando que ela pede muito minha atenção mesmo.
Sempre quis incentivar que ela fosse independente, ela começou a comer sozinha relativamente cedo, aos 18 meses levava a comida à boca, com a colher, direitinho. Passou a adormecer soziha à partir dos 11 meses, não tive tantos problemas para fazê-la adormecer. Mas nunca gostou de fazer nada sozinha, eu ficava ao seu lado.
De todas as atividades, a mais fácil de fazer com ela é passar a roupa. Porque passo na sala, e fico com ela lá cantando, dançando, participando de suas brincadeiras, dando opinião os desenhos... ela adora comentar sobre o que vê comigo:
-Cê viu mamãe? cê viu a roupa da Peppa?- Cadê George mamãe, cadê?
Mas, ter essa super ajuda (nem é ajuda, é compartilhar mesmo, temos compartilhado tudo) com o papai têm nos ajudado a sempre dar a devida atenção a Gá. Hoje o papai assume as tarefas e eu posso ficar mais tempo com a Gá. Acredito que ter essa paciência, de conversar com ela com calma, de não estar ligada no 220 todo dia, acelerada, têm ajudado na nossa comunicação.
Para mim, estar mais disponível para ela, têm me dado uma alegria imensa! Poder conversar mais, entender seus momentos de frustração (que nem mesmo ela entende) e dará a devida atenção. Nem mesmo nós sabemos ás vezes porque estamos tristes, e com os pequenos acontece o mesmo. Cabe à nós termos paciência para entender, para tentar acalmá-los, para conversar, achar o motivo.
Quero muito continuar estimulando sua independência (apesar que tenho pecado, faz dias que tenho dado comida na boca, coisa que não fazia mais), deixar que ela experimente as decepções comuns, mas que sempre saiba que estou ao seu lado.
O sono... antes ela dormia só, bastava que eu viesse ao quarto algumas vezes. Hoje, ela quer que fiquemos ao seu lado, de mão dadas, com carinho, cafuné... é uma necessidade dela, de carinho, e estou achando uma delícia. Ela aprendeu a dormir sozinha, mas talvez assim seja mais gostoso, porque não?
Não sei se é apenas uma fase da Gá, mas notei algo: desde que ela passou a ter mais atenção, mais carinho, ela está mais confiante.
Ela faz muito isso: quando estamos em lugares públicos, ela sai na direção que quer, sem olhar para trás. Ela simplesmente não se preocupa se estamos atrás dela... eu não sei, se ela não tem noção nenhuma do que pode acontecer, ou se seu nível de segurança em nós aumentou.... Mas, redobramos a atenção quanto à isso... ela vai que vai mesmo...
Toda essa união familiar têm rendido bons frutos. Tanto que, quando 1 de nós não está, parece que falta um pedaço. São 4 fatias: Gá, papai, mamãe e Gão... até ele faz parte do bolo gostoso que é nossa família.
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Papai com a Gá no sábado |
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No domingo, vestindo meia fina e salto da mamãe (todo dia quer fazer isso) |