Irmão- elo eterno

Li um texto maravilhoso, no Buxixo de Mães, um texto da Yara Tropea.
E ele me abriu um assunto que muito mexe comigo: irmão.

Tenho 1 irmão. Ele é uma pessoa maravilhosa.
Na infância, apanhei muito por ele (é mais novo, sempre foi a vítima), mas contudo, éramos apaixonados um pelo outro. Vestia ele de menina, era a minha boneca (4 anos mais novo).
Ele é mais carinhoso que eu, e eu mais racional que ele. Ele era super espoleta quando criança, e eu sempre a retraída, crescemos, e o quadro se reverteu. Ele não é tímido, mas é na dele, não faz barulho quando chega.
É uma pessoa doce, um homem sensível. Carinhoso, amável, educado. É inteligentíssimo, mas preguiçoso...
Ele se deixa ser moldado pelo meio, e minha mãe cria ele como um bebê, daí já viu, é dependente até hoje. Mas tirando isso, sorte da mulher que o encontrar, ele é especial.
Por conta disso, acabo sendo dura com ele, dou bronca, me irrito com ele, mas porque quero mesmo o melhor, o amo. Amor de irmão é sem interesses, por isso deve ser muito valorizado, Ama-se, e pronto, ao menos, é isso que sinto por ele.
Não temos contato diariamente, ás vezes nem semanalmente, e sinto falta disso. Porque sei que ele é uma pessoa que só me quer bem.

Escrevi no mural dele essa semana:

"Eu tenho um irmão que me conhece mais que ninguém.
E no momento mais importante de minha vida, na notícia mais bombástica de  todas, ele me perguntou algo que ninguém mais ousou fazer: você está feliz?
Talvez você já tenha esquecido disso, mas nunca vou me esquecer...
Irmão, você faz parte da minha essência!"

Por conta disso tudo, sempre penso e repenso mil vezes minha decisão de ter somente a Isabella como filha. Como queria que ela tivesse esse amor, esse carinho e essa oportunidade. Penso que, depois que os pais se vão, nosso elo maior são os irmãos. Penso que, quando eu estiver idosa, tudo recairá sobre ela, toda a responsa, de estar comigo, do cuidar.
Irmão divide infância, divide traquinagens, divide abraços.

Pensar, e pensar...