segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Isabella

Esse ano de 2018 foi um divisor de águas para Isabella e para os que estão próximos a ela.
Foi um ano em que ela tomou coragem para dizer o que quer, desafiar, questionar, não aceitar, criticar.
Ela iniciou a terapia para lidar melhor com a questão da emotofobia. Não sei nesse sentido melhorou muita coisa, mas em outras questões notei diferença. Ela está mais certa de que é amada, e que não será menos amada se fizer algo errado. Ela era bem insegura quanto essas questões.
Talvez também o fato dela estar comigo, ter a presença da avó semanalmente também (e estável), a fez adquirir mais essa confiança. Uma confiança que se tornou desafiadora para a autoridade.
Ela está bem mais respondona, mais alheia aos meus pedidos, e também dos avós. Na escola continua tudo da mesma maneira: ela é uma boa aluna, educada com os professores e funcionários da escola. Nesse sentido fico bem feliz porque odiaria saber que ela está tendo problemas lá.
Mas ela faz as lições correndo para terminar logo, é extremamente competitiva e chora se não consegue ou desiste se percebe que ficará para trás. Tem muita dificuldade em perder e em se desculpar também.

Essa foto em nosso último passeio mostra como ela não controla bem a frustração de querer algo e não conseguir, ou de esperar e não dar certo. Nesse dia ela queria pedalar na praia na bicicleta família mas não tinha de 3 lugares, apenas de 2. Deixei ela ir uma parte do caminho no meu lugar, mas ainda assim ela não se dá por satisfeita.

Infelizmente muitas vezes tenho tido que interferir com  um puxão ou tapa quando ela não obedece após tantas tentativas de pedir, e dessa forma ela obedece, mas não queria que fosse assim... nesses momentos me sinto péssima, e me pergunto se minha presença faz mesmo alguma diferença positiva para ela. Achei que trabalhando em casa teria o melhor dos dois mundos, mas o fato de trabalhar e não dar a devida atenção sempre é algo que e visto de forma bem negativa por ela, e por Isadora também.

Tivemos um episódio dias atrás bem triste, em que ela estava com uma brincadeira bem chata na van escolar, e o condutor nos contou para que corrigíssemos isso. E é o tipo de coisa que ela faz para chamar atenção, para ser incluída nos grupos, para ser o centro de tudo, que é outra coisa que ela gosta muito: ser o centro de tudo. Isso me preocupa... sem muita estabilidade e topando qualquer coisa para ser aceita, tenho muito medo.

Espero que possamos estreitar mais nossos laços e eu possa ter mais influencia positiva na vida dela. Afinal, as mães estão no mundo para fazer seus filhos voarem e serem felizes.



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