Hoje tirei o dia para não fazer nada.
É algo bem difícil para uma mãe.
É um domingo. Minha mãe está estável com sua doença, sob controle. Então deixei as meninas na casa dela, com meu pai e meu irmão que também está por lá.
Adiantei todos os afazeres de casa ontem, saí com as meninas, para que hoje pudesse não fazer nada, ou um dia para fazer o que quisesse, nos meus horários.
Consegui até escrever, coisa que estava difícil. Assisti 3 episódios da minha única série que asssti até hoje: Greys Anatomi (assisto desde 2016 mas nunca concluo), levei o Ozzy para passear (agora quase idoso ele precisa sair 3x dia).
Há 8 meses trabalhando em casa, cheguei num ponto de muito cansaço. Me sinto cansada fisicamente, mentalmente. São atividades das meninas, da minha mãe, da casa, tem o Ozzy... quando trabalhava em empresas tinha minha válvula de escape; mas em casa fica tudo concentrado e condensado, amontoado num mesmo lugar e a todo tempo.
Hoje consegui pensar em tudo, e entender em que ponto as coisas chegaram para que eu não sentisse culpa por ter tirado um dia para mim. É uma quebra de paradigma para meus valores e o que me foi imposto e ensinado. Que eu preciso ser a melhor mãe que eu puder ser.
Mas voltando no tempo, no nascimento da Gá.... eu me senti multo culpada por deixá-la tão cedo em uma escola. Mas se eu não fizesse isso, nem sei se estaria aqui escrevendo, nem sei se ainda seria mãe ou se seria alguém no mundo. Então, como eu sempre procurei manter minha saúde mental, sempre que me sinto perdida ou em riscos de adoecer, eu encontro uma válvula de escape; e nessa época foi o trabalho que me proporcionou tempo para pensar e me reerguer.
O momento hoje não é nem perto do que passei naquela época, ainda assim sei dos momentos que preciso encontrar algo que me ajude a relaxar.
Eu só quero estar bem para manter minha vida ativa e estar com aqueles que precisam de mim o máximo que eu possa.
E hoje é meu dia de não fazer nada, esperei ansiosamente por ele.
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