segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Porque o “bom senso” é o “senso comum”?

Nos últimos tempos vêm me batendo uma vontade de falar/conversar/debater alguns assuntos... tenho refletido sobre muitas coisas, mas não encontro quem queira discutir esse tipo de coisa comigo!

Existem coisas das quais pensamos, que não se pode falar... porque?
Bom, porque foge do senso comum.
Existem coisas que queremos debater/discordar, mas não pode...

Que quê isso menina, tá doida?

Uma pena que cada um só fique defendendo seu ponto de vista, e não consiga refletir sobre outras formas de vida, outras visões e outros valores. Eu sou teimosinha mesmo, gosto de uma discursão acalorada, gosto de terminar a discussão ouvindo “ é você está mesmo certa” quem não gosta? Música para os ouvidos... Mas, Certa de quê? Estou certa ali, naquela circunstância, mas o que é o certo mesmo? Não existe isso.
Somos muito podados, desde muito cedo. Isso porque temos que nos ajustar aos costumes da sociedade. Temos que ser educados, tanto no sentido de ser gentil, polido, quanto em medir nossas palavras e atitudes. Temos que forçar comportamentos para que tudo fique nos conformes... aí crescemos assim, sendo podados, e aprendemos a ser limitados, e é isso que ensinamos aos nossos filhos, e esse comportamento vai sendo perpetuado.
Mas isso é importante para vivermos em sociedade, não? Bem, não acredito.

Talvez se fôssemos exercitados a se doar mais, ter mais empatia a amor, não precisaríamos ser tão podados para estarmos prontos para a sociedade. Com amor e empatia podemos nos colocar em diversas situações sem machucar o outro... o outro receberia nossa opinião como forma de reflexão, não uma afronta.
Uma das coisas que a maternidade me trouxe: ter mais empatia, em qualquer situação. Não apenas com mães, mas no geral. (eu sei, já disse isso inúmeras outras vezes). A maternidade também me ensinou que sou muito, muito egoísta, e esse é um ponto doído em mim. Muita da sombra do pós parto foi a dificuldade de exercitar a doação. Com isso, consigo mastigar melhor aquilo que ara mim é amargo, doído, e as vezes a digestão me traz benefícios viu? Vejo isso.
Uma das coisas que ando aprendendo, exercitando, é me posicionar nas situações, mesmo que o mundo esteja contra. Se eu não penso como o mundo, então me manifesto sim, porque não? O mundo que me convença o contrário então, estou de ouvidos abertos para isso!

Preciso aprender a passar ás minhas filhas isso. Ainda me vejo buscando uma forma de incutir isso nelas. Aprendo cada dia a ser mãe, estou tentando descobrir como fazer isso.


Espero que tenhamos muitas discussões acaloradas ainda, porque elas me ensinam tanto mesmo sem falar nada... Imagina quando soltarem a voz e o coração!

3 comentários:

  1. É Claudinha, o mundo é mesmo comedido... E temos que nos policiar...
    Entendo quando vocÊ fala da empatia, aconteceu o mesmo comigo... Tive uma mudança de cabeça quando perdi o bebê e a maternidade me faz refletir muito, que as vezes acho que vou pirar...
    A sociedade nos cobra muito, nós nos cobramos de mais...
    Vem sim com temas para discutir aqui no blog, que eu adoroooo... E tão logo tuas meninas estarão tendo essas conversas acoloradas com vc! bjão

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  2. Oi flor! Saudade de passar por aqui!
    Nossa, como me identifico contigo!
    Sinto tanta falta de conversar com alguem sobre assuntos/posicionamentos que não são tão óbvios.
    Essa questão da empatia e do egoísmo foram um tapa na cara dado por Deus quando me tornei mãe.
    Me vi, sofrendo, muuuuito e isso ANTES de descobrir a deficiencia.
    Como foi pesado pra mim ME DESFAZER PARA ME REFAZER MÃE!!!
    E nessa desconstrução, aprendi a me colocar no lugar do outro..do meu filho dependente dos meu cuidados, de outras mães, de outras muitas pessoas que não são compreendidas.
    A maternidade me transformou me mostrando o que eu tinha de pior e de melhor...aiai
    bjocas nas princesas!

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    1. Nossa, nem preciso dizer o quanto me identifico com você! a recíproca é verdadeira!

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