Mãe, dona-de-casa, profissional, esposa, filha, amiga e estudante

Nossa, o título quase não coube.
E é assim que sinto minha vida: bem cheia de muitos papéis a desempenhar.
Gosto da correria, da loucura, de ter inúmeras atividades. Mas isso gera deficiências em algumas dessas funções e coisas que não consigo concretizar.
E como fico frustrada por não atender ás expectativas, frustrada por não concluir algo que iniciei. Mas hoje minha vida não gira em torno do mu umbigo caído e flácido, mas sim em torno de um umbiguinho lindo, pequenino e com uma manchinha marron.

Coloquei o título na ordem em que costumo priorizar cada função em minha vida.
Digo priorizar porque 100% em tudo eu não consigo e não poderia ser.

Falando um pouco de cada função:

1. Acima de tudo sou mãe, é a função mais deliciosa de todas, dá trabalho mas tenho minhas inúmeras compensações. Ter e estar com minha filha me traz ma paz enorme, exceto quando ela está dodói. Tento ser uma mãe atenta, me preocupo com a alimentação dela, tento ter paciência com as manhas, birras. Mas tenho meus escorregões. Não me arrependo de nada com relação à ela, pois sempre tento fazer o melhor, mesmo que não seja assim.

2. Gosto de cuidar da minha casa, sempre fui eu quem o fiz. Quando vivia com minha mãe era a responsável pela limpeza e receitas diferentes e mirabolantes. Quando me casei fiquei responsável por tudindo que diz respeito à casa, limpeza, arrumação, roupas (lavar/passar), cozinhar. Nunca tive ajuda de diarista e tal, mas eu gosto de fazer, 1 vez por semana limpo toda a casa, no outro dia passo roupa. A comida é que ficou de lado, faço qualquer coisa e pronto. Até a comidinha da Bella está sendo purezinho de legumes, quase todo final de semana.

3. Amo trabalhar. Se o trabalho dignifica o homem, o meu trabalho me faz ser "eu". Quando estive em licença maternidade em casa me sentí um ET, inútil. (Não estou falando das mães que ficam em casa com seus filhos, inclusive admiro-as muito, é uma dedicação sem fim). Nem férias de 30 dias tenho coragem de tirar, porque me deprime. Gosto da profissão que escolhi, gosto de ser independente, gosto do contato com outras pessoas, do aprendizado, da troca de esperiências, de poder suprir as necessidades básicas da minha filha. Gosto da sensação de segurança que o trabalho me traz.

4. Sempre me dediquei aos meus relacionamentos, sem nunca deixar minha identidade. Sempre gostei de agradar, ser companheira. Em relacionamentos anteriores nunca tive queixas ou cobranças quando à minha dedicação. Mas nos últimos tempos deixo muito à desejar. Existem inúmeros fatores para isso, e não vou jogar a culpa na falta de tempo e coisas assim, pois quem quer arruma tempo e disposição para tudo, não é verdade? Ser esposa não está no final da minha lista de prioridades, mas está em menos evidência.

5. Quando vivia com meus pais sempre fui meio que a "cabeça" da casa. Resolvia todos os problemas com telefone, internet, pgto de contas... dava um "trato" na minha mãezinha, escovando seu cabelo, fazendo suas unhas... sempre fazia receitas diferentes para o meu irmão, ele adorava tudo o que eu fazia, e isso só me motivava a sempre agradá-lo. Mas desde o final da minha gestação não tenho feito nada por meus pais, meu irmão. Isso é algo que sinto falta, mas eles não moram tão perto.

6. Conquistei muitas amizades por meio do blog, face. Amizades sinceras e verdadeiras. Mas minhas amizades de antes da gravidez estão bem largadas por mim. Sinto falta do pessoal, de sair, conversar, ligar. Acabei tendo menos contato nos últimos 2 anos, tem uns que só ligo no aniversário e olhe lá! Mas acho que aa maioria entende...rs

7. Nem sei porque coloquei estudante na lista, já que desde o nascimento da Bella não tenho estudado nada... mas deveria. Tenho duas provas de concurso esse mês e precisava estar estudando, e nada. Primeiro foi por causa do aniversário, e agora, sei lá...
Quero muito estudar algo na minha área, me atualizar. Mas por enquanto só se for à distância.

E depois de tudo isso ainda preciso: ser mulher! Andar arrumada, cheirosa, de salto, com estilo, ser meiga, delicada... Essa parte tá bem difícil viu, tô tentando ás vezes. Não podemos deixar de lado, se não a auto-estima decai. A minha anda mais pra baixo que pra cima, mas nada como um dia após o outro, ou nada como uma boa lipo+silicone não ajudem.

Espero não ter colocado o post meio deprê, é que fiquei chateada com um lance aí, coisa do dia-a-dia. Um dia aprendo a não me afetar por pouco...

Bjo!