quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Tentando Educar: Choros intermináveis

Que cada criança é um ser único, individual, com personalidade, vontades, isso eu sempre concordei. Por isso mesmo que não existem fórmulas que funcionem em qualquer caso, não existem receitas para a educação.
Sempre me pergunto se estou no caminho certo... na verdade, me pergunto mais o que ando fazendo de errado. Reconheço que me falta pulso firme, minha palavra não vale nada... udo o que consegui até hoje com a Isabella, foi por convencimento, ou uma espécie de acordo que faço com ela. Porque mamãe mandar e filha obedecer não existe lá me casa... tudo é na base da paciência, conversa, convencimento da pequena... mas nem sempre isso resolve!

Sinto falta do tempo em que e a a mãe/pai olhar, e a criança já sabia: tô ferrado! ão sou a favor de bater, mas meu pai nunca me bateu e eu tremia se ele me olhasse feio...
Minha mãe batia sim, e eu tinha medo dela, e não respeito, como deveria ser. Eu ainda a xingava baixinho, morta de raiva por aquela situação toda! E eu era uma criança modelo viu? Super comportada, cabeça, estudiosa, nunca bati em meu irmãozinho (imagina se tivesse sido terrível, como seria...)...

Mas, o fato é que, ontem foi um dia cruel!
Isabella já estava chorando horrores na escola (está mais chorosa á 1 mês, acho), quando peguei ela, estava de olhos vermelhos...
Chegou em casa, foi choro  e mais choro por 01:30 + ou -... choro porque queria comer doce antes que eu terminasse a janta, choro porque queria subir na mesa, choro porque queria andar descalça no frio de 10ºC, choro porque queria tomar o suco na mamadeira quebrada, sendo que ela já toma no copo...
uma choradeira sem fim...
No começo eu tento falar com ela, depois ignoro, depois tento mais uma vez...

Achei esse texto muito bom... Dr. Roberto Cooper...


A primeira coisa difícil no lidar com a pirraça é que, ao mesmo tempo em que os pais devem permitir que os filhos expressem suas emoções, devem também ajudá-los a reduzir as reações violentas e comportamentos agressivos. Mais uma vez não há receita pronta que nos ensine quanto de restritivo e quanto de permissivo devemos ser. Tentativa e erro é único método que existe. Cansa, dá trabalho,  mas os resultados compensam. Ousar, mudar, tentar coisas diferentes e aprender com elas, faz parte da alegria de ser pai e mãe. Mesmo sem regras, seguem algumas dicas:

  • distraia seu filho. Ao perceber que está começando a ficar irritado ou frustrado, tente mudar o foco da sua atenção. Mostre algo ou inicie uma nova atividade. A capacidade de fixar a atenção, nesta idade, é baixa e distraí-lo assim que os primeiros sinais de que algo não vai bem, pode ajudá-lo.
  • ignore a pirraça. Se não conseguir distraí-lo, não dê atenção ao comportamento pirraçento. Verifique apenas que ele não tem nenhuma chance de se machucar. Cada vez que reage à pirraça, mesmo brigando ou castigando, pode estar “recompensando-o” com mais atenção (que era o objetivo original dele!)
  • não passe vergonha. Se estiver em local publico e o seu comportamento for constrangedor, simplesmente tire-o do ambiente, sem discussão ou briga. Leve-o para outro ambiente e espere até que se acalme para poder retornar ao que estava fazendo.
  • não pode bater, nem morder. Se a pirraça incluir bater, morder ou qualquer outro comportamento que potencialmente possa machucá-lo ou a outra pessoa, você não deve ignorá-lo. Diga, imediatamente, de forma clara e objetiva, com o tom adequado de voz (severo, sem gritar) que não deve se comportar daquela forma e tire-o da situação por alguns minutos. Não tente estabelecer um diálogo com explicações elaboradas ou lógicas porque, nesta idade (2-3 anos) ele não as entenderá. Nesta idade, perguntas como: você gostaria que alguém fizesse isso com você? ainda não fazem sentido para ele. Simplesmente faça-o compreender que o que ele fez estava errado. Uma frase como: não pode bater ou morder. Isso é feio. surtirá muito mais efeito do que longas explicações sobre porque não se deve bater e morder.
  • castigo, na hora. Se você julgar que algum tipo de punição é necessária, aplique-a na hora e não mais tarde. A criança, nesta idade, não consegue fazer a conexão entre o comportamento que tiveram e um castigo horas mais tarde. O castigo deve ser dado dentro do limite do desenvolvimento da criança. Se for para pensar no que fez, nesta idade, 5 minutos, no máximo!
  • nada de castigos físicos. Por mais irritado ou irritada que esteja (e estará), nunca aplique castigos físicos. Se o fizer, a mensagem ou ensinamento que estará passando é que a agressão é uma forma aceitável de reagir quando se deseja algo. Castigo físico seria bater, beliscar, puxar o cabelo ou qualquer outra ação que provocasse dor ou medo na criança.
  • abraçe com força e firmeza. Não é castigo físico conter com firmeza uma criança. Muitas vezes, é essa contenção firme (como em um abraço bem apertado), acompanhado de uma voz tranquila e serena, que consegue acalmar um ataque de pirraça.

Finalmente, uma observação sincera. Escrever sobre pirraça em um blog é facílimo. Na hora em que seu filho está ali, urrando com se estivesse sendo massacrado e as pessoas te olham com espanto, é que as coisas ficam realmente difíceis. Portanto, exercite a sua paciência e criatividade, pensando nessas situações, antes que ocorram. Se tudo der errado, tente algo bem humorado. Bom humor espanta a raiva e esta é péssima conselheira!


Leia na íntegra aqui: http://robertocooper.com/2012/09/14/pirraca/

9 comentários:

  1. nem me fale só quem passa sabe...Essa fase dos "terrible two" é demais...só quem passa por ela sabe... e eles depois agem como se nada tivesse acontecido...ser mãe tem suas dores ...beijão...

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  2. Imagino que seja apenas uma fase... meus sobrinhos todos fizeram o mesmo com as minhas cunhadas.Mas, agora que estão maiorzinhos já não choram tanto e quase não fazem pirraças. Tomara que sua princesinha supere logo essa fase. Bjos!!!

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  3. Claudinha, sei bem do que você está falando querida! Vira e mexe leio mensagens nos grupos de mães reclamando da mesma coisa. A maioria diz que a fase dos dois anos é a pior. Estou entrando nesta fase também e, posso afirmar sem nenhum constrangimento, tá difícil! Lá em casa tentamos lidar com bom humor. Arthur é muito esperto, saca logo se estamos tentando enganá-lo, então nem rola "um lero-lero". Agente começa a brincar com ele e rir alto, com se ele estivesse fazendo uma gracinha. Ele demora um pouco pra aceitar, mas logo entra na brincadeira e pára de chorar. Só muito raramente (quando está com dor, sono ou fome, por exemplo) é que ele volta a chorar. Na rua é mesmo mais difícil, mas usamos o mesmo argumento e ai ele cai por um tempinho rsrs. Minha mãe tb não me batia e eu, igual a você, tremia só de vê-la brava. Um respeito conquistado mesmo! Um beijinho e força!

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  4. Antes de eu ter filho e via aquelas clássicas cenas de pirraça ficava olhando com olhar de recriminação... Hj em dia digo imediatamente coitada dessa mãe!!!
    Entendo perfeitamente o q está dizendo e passamos por alguns episódios assim tbm, a diferença é q por aqui o olhar feio ainda está funcionando, mas não estou aqui para te julgar e sim para dizer que já já isso irá passar e vcs irão passar por momentos de descontração!!
    Muitas vezes no trabalho ficamos extremamente irritadas, mas somos adultas e temos que suportar, eles ficam o dia td na escola e ainda não sabem lidar com esses momentos de stress...
    Aqui em casa qdo não tem jeito rola a cadeira para ele pensar e tbm para q nós no tempo em q estão sentados se acalme tbm. Acho q o cantinho serve para ambos! Por enquanto tem dado certo... Qdo ele começa a passar dos limites pergunto se ele esta a fim de ir para lá logo ele se acalma! rsrsrs
    O q dizem os profissionais é q qdo completam 3 anos as coisas melhoram e muito: aguardemos então!
    Mas como dizem se não tivesse dando trabalho seria pq não estava fazendo direito!!!
    Bj

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  5. Nossa, me vi nesse post.
    Vc já comentou que nossas filhas se parecem muito no desenvolvimento, mas até na birra???
    A minha tem dias que chora por qualquer coisinha. E tem que ter muita paciência pra não fazer M.
    Também tento convencer, fazer trocas, uma chantagenzinha... menos bater.
    É... só muda o endereço.
    Beijos

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  6. É dificil né? as vezes falta paciência.

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  7. Nossa, é difícil, e haja paciência.
    Você acredita que o Lucas já anda sapateando? Eu finjo que não vejo.
    E Claudinha é difícil aguentar o choro deles por muito tempo, a paciência falta sim, (não sou a favor de bater), mas dá vontade de dar uns tapas. Essa de olhar e tremer nas bases eu já ando fazendo com o Lucas, mas ele ri da minha cara. Como é difícil a arte de educar.
    Bjs em vcs

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  8. Ontem foi o dia então! Aqui saímos para jantar e a Dona Malu simplesmente não queria ficar na cadeira, nem o tablet que sempre a distrai adiantou... Só queria ficar andando pelo restaurante, até que bateu a cabeça em uma mesa e abriu o maior bocão! Acabei saindo de lá super estressada! Mas eu quero quer que isso vai passar, que é fase! Adorei o texto.
    Beijos!

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  9. Adorei amiga, aqui anda acontecendo frequentemente, e penso como vc o que será que estou fazendo de errado, confesso que perco a paciência e acabo batendo, mas depois converso e explico que estava errado. Espero que passe logo, pois é complicado lidar com tanta pirraça. Bjs
    Vivi e isaac

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