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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O que foi ser mãe- Até agora

No ano de 2010 me sentí mãe pela primeira vez, gerando meu serzinho. A descoberta fez-me sentir diferente, mas ainda era a mesma Cláudia de sempre, com os mesmos gostos, preferências, prioridades. Ainda era a Cláudia orgulhosa e egoísta. Hoje ainda permaneço um pouco orgulhosa, mas o egoísmo deixei de lado.
Aprender com a vida é difícil. Aprender assim nos faz amadurecer mas também suga tudo o que há em nós. Durante a gravidez fui entendendo o que mudaria em minha vida, mas só percebi a reviravolta mesmo após o nascimento da Isabella. Na primeira semana nos conhecemos, a apresentação foi tímida, tudo fluiu bem. Após os 15 dias surgiu o complemento na amamentação e isso gerou dúvidas e frustrações, depois vieram as cólicas, Bella sofrendo e nós chorando juntas. Foi nesse período que senti de uma vez só: minha vida mudou completamente.
Nunca havia tido contato com crianças, bebês. Nunca segurei no colo, alimentei, coloquei pra dormir, nem ao menos brincava com crianças. Mesmo sem experiência alguma sabia que conseguiria dar conta da minha filha, porque seria minha. Mas nos primeiros momentos tudo foi bem difícil, e com o tempo a Bella foi me mostrando tudo como tinha que ser. Nos momentos difíceis eu queria sair correndo e ter minha vida de volta, trabalhar, estudar. Mas o tempo se encarrega de trazer novos dias, e dias melhores sempre virão. E eles realmente vieram.
A frustração que sentí no início era maior pois me questionava porquê me sentia assim se outras mães passam por isso numa boa, têm 10,12 filhos e tudo flui bem. Me sentia muito forte antes da maternidade, nunca pensei em passar por sentimentos tão desanimadores e acabar me entregando. Isso é algo que não me contaram na gravidez, que o pós-parto pode ser tão obscuro como foi o meu. Nem escrevi tanto no blog sobre isso porquê não queria registrar aqui esses sentimentos ruins, me sentia culpada por não estar saltitando de felicidade, sendo que desejei tanto esse momento.



Com o tempo entendi tudo o que passamos, entendi o que é amor incondicional, entendi o que as mães sentem. Com o tempo aprendi tudo o que precisava e hoje sou mais feliz que ontem e menos que amanhã.
Desde o início não me senti insegura com os cuidados que dava à Isabella, mas qualquer opnião que me davam eu levava em consideração, mesmo já tendo tentado e não ter dado certo, mesmo achando que não era aquilo, mesmo sabendo que quem falava não convivia com nós e não poderia saber o que precisávamos. Não digo isso das amigas do blog, pois vocês sabem tudo o que se passou, digo isso de familiares a "amigos", que não sabem nem metade do que se passou.

Sinto que estou muito mais segura como mãe com o passar dos dias, dos meses, pois agora não vou pela opnião dos outros nos cuidados com minha filha. No início eu acabava indo porque a falta de experiência me deixava insegura e para não contrariar a galera eu acabava cedendo...
Mas não levem à mal isso, não deixem de comentar no blog, seja para apoiar ou criticar. Digo isso pois hoje sei o que é melhor, o que funciona, o que a Bella gosta e por isso considero minha opnião mais importante que qualquer outra, seja do vovó, do pediatra, enfim.


Ser mãe é estar entre a cruz e a espada, e amar e sofrer, é sorrir e chorar. Mas tudo vale à pena, tudo. O amor é algo infinitamente grande e eu deixo tudo por ela, sem ressentimentos.
Amadureci muito em pouco tempo, e isso doeu, mas me trouxe uma capacidade de amar infinita!

Hoje sou melhor que ontem, mas amanhã poderei ser melhor, tudo por minha Bella Isabella.

13 comentários:

  1. Muito lindo seu post viu amiga me emocionei e me identifiquei......so quem é mãe para entender.....

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  2. Que lindooo amiga...verdade nada melhor do q vc para saber o q é melhor para Bella.
    Tenho certeza q a Bella se sente muitooo feliz pela mãe dedicada e carinhosa que tem.

    Um super bj dessa amiga aqui!

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  3. Ufa...post verdadeiro!!!
    Pra mim,na gravidez tb ng me avisou qseria assim tao dificil...
    Chorei MUITO no começo tb e me perguntava o pq toda mulher ficava realizada e eu tava tao pra baixo????...mas passou...é bem o q vc disse...
    A falta de experiencia complica as coisas, mas a gente aprende com os erros, nao tem jeito!

    Amei seu post...

    Bjs

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  4. Sabe que as vezes tb me bate um medinho. E se a maternidade nao for ( e certamente nao será!) aquilo q tanto sonhei?!

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  5. É isso ai amiga só quando vivemos a experi~encia é que aprendemos, eu tb sinto muito mais confiança hoje!
    beijos amo sua Isabela
    Gi

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  6. Que lindo Clau..realmente a maternidade nos traz um amadurecimento impressionante,de repente nao somos so uma, somos duas e essa segunda pessoinha ai depende de nos pra tudo...e o mais louco eh que sem perceber a gente ve que da conta sim. Parabens.

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  7. Marie
    Olha... Nós precisamos ler relatos asimm pra poder nos sentirmos "normais", tantos blogs e tantas purpurinas brilhando nos relatos... E da depressão pós-parto? Ninguen relata? Ouví uma vez no rádio pelo Padre Marcelo Rossi q uma mama atirou o bb de 2 meses pela janela por conta da depressão e relatava seu processo de cura. Estes sentimentos existem e somos vítimas deles. Quando olho minhas fotos depois do nascimento do meu bb, me pergunto... Como pude estar tão feia e desarrumada? Pobre do meu marido q casou com uma gata q virou uma brega!
    Mas ele tornou-se pai pela 1. vez graças a meu útero e aos 38 anos... Sabe, comprei uma lata de leite pra parar de ouvir minha mãe e meu esposo dizer q o bb iria parar d chorar se tomasse! Na 1. semana de vida ele só chorava, e foi ao pediatra 4 vezes. Imaginem a pressão. Mesmo com bico invertido (o bb ñ suga o bico e sim a auréola, o bico serve pra direcionar o jato) resistí e ele mamou até 6 meses sem nem água pois sempre acreditei q o leite materno era completo! E pasmem! Até os 2a. e 8 m, quando ele mesmo ñ quis mais. Por ter amamentado por um longo período passei mais 12 meses pra prolactina ser desativada pela minha hipófise e sem nenhum toque do meu esposo "no templo" do bb.(e ele q apreciava tanto)! Meu corpo já ñ era mais meu,nem nosso, era do nosso filho! Crescí ouvindo q minha mama apenas me amamentou 3 dias, (fui a 4. filha) ñ aguentou o choro e me deu leite da moda! Quis fazer diferente a ñ é q aos trancos e barrancos conseguí?!?!?! Força e confie primeiramente em vç já viste q podes e "deves" pois antes q o Dk detecte algo de errado sabemos ou percebemos nós mesmas q algo ñ vai bem ou q poderia estar melhor. Por mais diplomado q seja o Dk. Temos diploma exclusivo de nós e de nossas crias. bjs na Bella q é tão bela. Marie

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  8. Claudia amei o post! Maravilhoso, digno de aparecer em revistas, acho que grande parte de nós, mães de 1º viagem teve um momento que foi difícil! E continuo aqui te falando o que te falei lá no início da vida da Bella, na época difícil, lembra? Confie em si mesma, vc é uma supermãe e vai saber muito bem o que é melhor pra sua filha! Enfim agora deu td certo! Um beijo enorme pra vcs duas!!!!

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  9. Oi amiga,
    Acessa meu Blog Bazar, Bjuss
    http://lozinhasbazar.blogspot.com/

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  10. Claudinha, que post emocionante e bastante descritivo dos momentos que vc passou até aqui como mãe. Na maioria dos blog´s vemos só lado bom de ser mãe, mas sabemos que as dificuldades aparecem. È com, post assim que vou aprendendo!!
    Acredito de que quando Deus nos concede a graça da maternidade e nos prepara o suficiente para transformar a mulher em mãe, e como vc diz é um processo de amadurecimento.
    Meu desejo que vc´s vivam dias deliciosos entre mãe e filha.
    A Bella está cada dia mais fofa!!!
    Abraços
    RAfa

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  11. Clau, adoro estes textos sinceros. A vida não é feita somente de maravilhas, e a maternidade, claro, tb não. Para mim, que vivenciarei a maternidade a partir de dezembro, é muito importante ler relatos como estes, que nos colocam o pé na realidade.

    Minha mãe confirmou o que eu já havia lido uma vez e li agora no seu post: que o amor entre mãe e filho não é imediato, que ele vai crescendo dia a dia, assim como o vínculo e o entendimento de toda a mudança que um bebê traz na vida de um casal.

    Outra coisa bacana que vc escreveu foi a de seguir aquilo que vc acredita. Minha cunhada me disse isso: que ouvirei milhões de palpites, mas só eu saberei aquilo que é melhor para minha filha e que não deve satisfação e explicação para ninguém sobre minhas escolhas.

    E assim a vida segue, o tempo passa e tudo se encaixa!
    Amei o post!

    Bjs!

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